Confesso que estou escrevendo esse texto um bom tempo depois do nascimento da Betinna, tipo 8 meses depois [. risos .] Mas foram acontecendo alguns imprevistos que ficaram para posts futuros.

Esse aqui é para voltar ao tempo e deixar marcado sobre o nascimento da nossa primeira filha, Betinna.

Já tem vlog sobre isso, sobre como aconteceu mas nada mergulha tão bem em nossas sentimentos que escrever sobre os fatos, então vamos lá.

Dia 13 de outubro logo pela manha eu estava muito aliviada de não ter exatamente nenhum serviço pendente, eu havia pegado firme durante a semana anterior justamente para poder me preparar para o que estava por vir, eu já sabia que estava BEM próximo, até porque não tinha mais pra onde minha barriga crescer. Mas mesmo aliviada e despreocupada com meus trabalhos, outro tipo de trabalho me deixava aflita, o trabalho de parto, SIM, o trabalho de PARIR. Como isso me assustava e me paralisava. Eu sabia que qualquer que fosse o modo que ela fosse nascer eu iria sentir dor por isso.

As contrações de treinamento eu já experimentava há três dias, o famoso tampão mucoso já havia descolado [. fiz questão de fotografar essa "gosminha" tão famosa nos grupos de gestantes, pois eu sabia que quando eu olhasse para a cara dele significava que a Betinna estava bem perto de nascer .] Enfim, tudo estava caminhando para a chegada dela e isso começou a me trazer certo tremores nas pernas, eu preferi ficar quietinha e esperar ate não aguentar mais para ir ao hospital.

Mas eu não conseguia ficar quieta, a barriga estava gigante e me tirava o sono, não dava pra esperar dormindo, muito menos acordada e de tanto reclamar sobre isso as pessoas começaram a me pressionar para ir ao hospital dar uma passadinha.
Tá né! vamos, não custa!




O materno infantil parecia cenário de filmes de terror, MUITO VAZIO, o que me deixou mais inquieta pois aquele hospital NUNCA que é tão vazio. Não tinha médicos, enfermeiros nem paciente, apenas três pessoas na recepção. Gentilmente me pediram para entrar e esperar quase que por um milagre para alguém vir me atender. A explicação disso era que antes da Betinna, já haviam tidos 13 partos, a equipe estava extremamente exausta.

Porem isso não foi motivo para me deixarem para o dia seguinte, depois que alguns minutos a Doutora Karol Profeta fez o exame do toque onde viu que eu já havia dilatado 4 dedos. ÓTIMO, me mandaram para a sala de pré-parto devidamente equipada com acesso e uma roupa muito sexy de saco de batata. Logo que cheguei ao quarto tomei um banho para que as contrações pudessem ser abafada pela agua quente, o Tony estava o tempo todo do meu lado, o que me ajudou muito contra o medo que estava tomando conta de mim.

Após poucos minutos vieram uma equipe formada de um médico professor e seus médicos alunos. O professor, Dr. Edson fez novamente o exame do toque [. justo quando o Tony havia deixado a sala por alguns instantes para buscar a bolsa maternidade que estava no carro .] e não quis mais papo, disse: - Meia hora e eu venho te buscar para a cesárea, sua filha irá nascer agora. Não consegui nem argumentar e defender minha posição de querer o parto normal. Ele parecia decidido em arrancar a Betinna da minha barriga naquele exato momento.

Mas espera, antes de vocês o julgarem preciso mostrar o estado que eu estava. MUITO INCHADA, assim, algo assombroso. Isso deixou o medico bastante preocupado.




Pontualmente vieram me buscar para a sala de cirurgia, eu já havia chorado horrores para todo mundo, sogra , pai, avó, tias e tios...eu estava com muito medo, meu maior medo era da anestesia, aquela "pequena" agulha que entraria nas minhas costas, era isso que tirava minha paz. Mas Deus enviou seu anjo chamado Grazi para me trazer conforto naquele momento. Grazi, que por coincidência é prima do meu tio Zé, foi ela que segurou minha mão na hora da picada que... confesso não ter sentido, ou no momento não me lembro.

O Tony demorou pra entrar na sala, mas eu estava ficando um pouco sonolenta depois de ministrarem a anestesia, lembro dele estar no meu lado e os médicos alunos ficarem mexendo em mim para ver se eu ainda sentia alguma dor na região que seria cortada. Foi muito rápido, logo que o Tony entrou, ele se sentou ao meu lado com os olhos marejados e em questão de segundos que subiu aquele cheiro de pele queimada ele foi chamado: Papai, vem ver sua filha nascer. E foi ai que conseguimos a primeira foto da Betinna.





Eu ansiava apenas uma coisa, ouvir o chorinho dela. Demorou mas logo veio, foi nesse momento que eu mais me emocionei. aquele gritinho fraco e agudo veio em minha direção, um pouco sujinha e de olhos bem arregalados, eu só pude observar uma única coisa, " Ela não é loira " [. risos .] desculpa filha. Não foi dessa vez, mas o nariz é o meu. [. infelizmente .]

Dali a levaram, e começaram a fazer a sutura no corte da minha barriga que agora já não era mais aquele balão inflado, era uma bexiga murcha. Depois me colocaram em outra sala onde eu pude descansar os olhos. Até ver você novamente, Betinna, e pela primeira vez te pegar no colo. Foi ali, na sala de pós-operatório sua primeira mamada e seu primeiro soninho fora da barriga.

Esse foi o dia do seu nascimento. Podemos ver tudo melhor no nosso vlog.