Passou nosso primeiro mês juntas, sozinhas. Só eu, ela e o Charlie, nosso fiel companheiro. Noites de choros ( mais choros da mamães do que da Bebê ) dias de sorrisos e gargalhadas, outros nem tanto, e muitos dias de extremo cansaço .


As coisas ainda corriam do meu controle e a saudade do marido apertava demais. Só que hoje ( dia 16 de setembro de 2018 ) eu nem me lembro de todos esses dias tristes.


Nossa maior alegria no mês de fevereiro foi a visita em Itapeva para ver o Tony depois de muuuito tempo longe.



As visitas eram de 5 horas apenas. Não dava pra todo mundo matar a saudade.


 Mas o Bom era que a Betinna podia ver o papai dela e ele também matar a saudade de nós, a viagem era gostoso para me distrair dos afazeres de casa e do trabalho.


Eu como sempre, brigando com a balança, fazendo dietas e mais dietas e tomando muitos remédios.








Oiis.

A rotina de janeiro começou confusa, MUITO confusa, mas isso é assunto que o papai tem que tratar.
A mamãe aqui chorou muito, as vezes quis desistir, mas o importante é que a pancada do primeiro impacto foi necessária, me fez ser mais adulta. Aprendi muito ficando sozinha.
Aprendi que eu consigo sim, consigo me manter e manter minha casa, ser uma boa profissional, ser amiga e companheira e acima de tudo, eu aprendi a esperar.
Toda boa mudança requer tempo... 



Aprendi que sou forte e que posso ser feliz sozinha ( apesar de ter encontrado a verdadeira felicidade nesse bicinha linda )



Consegui me livrar da maioria dos meu erros. Me libertei de mim mesmo, aqueles medos bobos de julgamento dos outros. Se eu não tinha tempo de arrumar minha casa cheia de brinquedos espalhados, não iria ficar com medo da visita chegar e me achar bagunceira. Ou se eu tava muito gorda para fazer uma caminhada na rua com medo das pessoas acharam que eu teria que andar muito pra poder a caminhada fazer efeito.


Com a Betinna nos braços e meu novo cargo de mãe, eu ganhava cada dia mais segurança que ... se estivesse fazendo para mim e para minha filha eu estava certo e era o certo a fazer. A nossa felicidade só dependia de nós mesmas e de mais ninguém.


 Fiquei com medo sim, eu ficaria sozinha com um bebê durante quatro meses seguidos. Muita coisa ruim passou na minha cabeça, mas se passei!



Mesmo noites sem dormir, e ter que tomar a difícil decisão de " Ou eu descanso ou eu trabalho, ou tomo banho ou eu me alimento " sei que não sou a única que passou por isso e nem vou ser a última.



Não precisei de Bolsa Família, nem do dinheiro do meu pai, nem de pensão alimentar. e consegui.



Não me arrependo da minha decisão e faria sim, tudo novamente,